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Está Tudo Tratado e Nada Resolvido

Tratamento de temas interessantes de uma forma desinteressante. Abordagem inconsequente acerca da consequência das coisas. Tudo será devidamente tratado, mas sem qualquer resolução. Os leigos também têm opiniao...

Está Tudo Tratado e Nada Resolvido

Tratamento de temas interessantes de uma forma desinteressante. Abordagem inconsequente acerca da consequência das coisas. Tudo será devidamente tratado, mas sem qualquer resolução. Os leigos também têm opiniao...

Livro: Paraísos artificiais - Charles Baudelaire


A razão deste meu texto tem a ver com o que eu descobri por acaso a partir deste livro.
Nos meados do séc. XIX Charles Baudelaire escreveu " Paraísos artificiais".

Não se trata de poesia, como seria de esperar de um poeta. Neste ensaio Baudelaire aborda os efeitos da utilização do ópio, da cannabis e do álcool.

De inicio é evidente a apologia da utilização medicinal, social e espiritual destas substâncias. Na parte final surge o desencanto e conclui que a subjugação da criatividade à dependência torna a mente vazia de conteúdo.

Inspirado em Thomas Quincy, que foi uma das referencias de Baudelaire, o compositor português do inicio do séc XX, Luis de Freitas Branco compôs em 1910 o poema sinfónico "Paraísos artificiais".

Possivelmente o autor estaria a navegar nas ondas do primeiro estagio da ligação a uma das substâncias. Achei absolutamente fantástico.

Esta sinfonia devia ser devidamente divulgada. Para mim foi surpreendente. Tal como para a grande maioria dos portugueses a sua música era-me desconhecida.

Aproveito para fazer uma outra recomendação, oiçam o aluno mais brilhante de Luis de Freitas Branco. É considerado um dos maiores compositores do mundo no séc XX, dá pelo nome de Joly Braga Santos.