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Está Tudo Tratado e Nada Resolvido

Tratamento de temas interessantes de uma forma desinteressante. Abordagem inconsequente acerca da consequência das coisas. Tudo será devidamente tratado, mas sem qualquer resolução. Os leigos também têm opiniao...

Está Tudo Tratado e Nada Resolvido

Tratamento de temas interessantes de uma forma desinteressante. Abordagem inconsequente acerca da consequência das coisas. Tudo será devidamente tratado, mas sem qualquer resolução. Os leigos também têm opiniao...

Ilegalizar a Maçonaria, porque não?



“A Maçonaria é uma Ordem iniciática e ritualística, universal e fraterna, filosófica e progressista, baseada no livre-pensamento e na tolerância, que tem por objetivo o desenvolvimento espiritual do homem com vista á edificação de uma sociedade mais livre, justa e igualitária.

A Maçonaria não aceita dogmas, combate todas as formas de opressão, luta contra o terror, a miséria, o sectarismo e a ignorância, combate a corrupção, enaltece o mérito, procura a união de todos os homens pela prática de uma Moral Universal e pelo respeito da personalidade de cada um. Considera o trabalho como um direito e um dever, valorizando igualmente o trabalho intelectual e o trabalho manual.

A Maçonaria é uma Ordem de duplo sentido: de instituição perpétua e de associação de pessoas ligadas por determinados valores, que perseguem determinados fins e que estão vinculadas a certas regras.”
(Excerto do texto retirado do site da Maçonaria de “Introdução á Maçonaria” de António Arnaut)

O excerto acima constitui a abertura do portal da Maçonaria Portuguesa. Seria difícil encontrar palavras mais opostas à realidade. Penso que esta “seita” é a principal responsável pelas desgraças do nosso país, especialmente a partir de 1974. Mais do que uma associação secreta, estes senhores formam uma seita interessada apenas em defender os interesses dos seus próprios membros. Trata-se de uma plataforma que facilita a corrupção, o nepotismo, a cleptocracia e que compõe a oligarquia que nos governa.

Na génese da maçonaria estava a defesa dos artistas da construção. Na sua criação não estavam envolvidos interesses filantrópicos ou de progresso, o que os movia era a proteção aos profissionais da construção, para os maçónicos quantos menos soubessem os segredos da profissão mais oportunidades de negócio teriam. Os valores que este sindicato defendia eram os valores financeiros e de poder, os interesses dos membros maçons sobrepunham-se aos da restante população. Quanto mais poder financeiro possuísse, maior viria a ser a sua influência junto de quem decidia.

Hoje em dia as lojas maçónicas portuguesas mantêm estas práticas com elevado rigor. Claro que os participantes já não são exclusivamente ligados à construção civil. Existem membros dos mais variados quadrantes da atividade económica. O esquema baseia-se numa cultura de tráfico de influências, de compadrios e favores que serve para o progresso dos próprios membros. Vão deixando o legado aos seus filhos, perpetuando o poder de influência e estatuto dos seus membros, independentemente dos seus méritos, impera o factor C (cunha).

Ainda recentemente se noticiou o caso dos Golden Visa, em que alguns dos envolvidos fazem parte da maçonaria. Houve uma tentativa da ministra da justiça em instituir uma declaração de interesses a quem mantém cargos públicos, obrigando-os a declarar se fazem parte de alguma organização; logo vozes do seu próprio partido se levantaram contra, da parte do PS nem uma palavra. Por aqui se vê que a maçonaria não tem partido politico.

A grande parte das nossas elites frequenta estas lojas, bem como a Companhia dos jesuítas e a Opus Dei. Reside em parte, aqui, a explicação para o estado calamitoso do nosso Estado.


"O sistema de justiça português é constituído por lojas maçónicas e controlado pela maçonaria. Além de controlar as decisões dos processos, controla igualmente a carreira dos juízes e dos magistrados do Ministério Público e dos altos funcionários do Estado" - disse José da Costa Pimenta, um juiz jubilado, em carta dirigida à atual ministra da justiça.

Alguns exemplos do tipo de influência que exercem na nossa sociedade:

Caso CTT: (Citações do Ministério Público) Em escutas telefónicas, um indivíduo faz alusões à sua condição de maçom para obter informações do caso da venda de prédios
Caso Moderna: (Citações do Ministério Público) Uma conspiração maçónica, com a Moderna como ponto de reunião, para tomar conta das estruturas do poder em Portugal, é revelada num documento de Nandim de Carvalho.
Caso Portucale: (Citações de Abel Pinheiro) Nos governos de Guterres, o GOL era conhecido por o "gabinete", dado o número de socialistas por metro quadrado.

Um ex-Diretor do Serviço de Informações Estratégicas da Defesa (SIED), utilizou os seus conhecimentos na maçonaria para facilitar a reabilitação de um edifício que pertencia à empresa que o viria a contratar, a Ongoing. Foi igualmente acusado um líder da loja Maçónica Mozart 49, de utilizar a loja como plataforma para instrumentalizar indevidamente instituições do Estado e para servir as suas ambições pessoais. O dirigente utilizou conhecimentos que adquiriu a partir da loja Mozart para recolher informação para a empresa de informação Ongoing que mais tarde o viria a contratar. Foi a maçonaria que facilitou a obtenção da licenciatura do ex-ministro Miguel Relvas na Lusofona. Relvas, por sua vez, solicitou um relatório e informações sobre o igualmente maçom Francisco Pinto Balsemão.

A maçonaria é um instrumento de corrupção que dilui a separação de poderes, promovendo a promiscuidade entre os ricos e os poderosos. Grande parte da classe política é apenas a face visível dos poderes escondidos das lojas maçónicas. Os membros destas “seitas” acreditam ser indivíduos dotados de superioridade intelectual face aos seus concidadãos e pensam serem merecedores de privilégios porque se distinguem dos demais. Julgam mesmo que devem ter mais direitos que os outros, têm acesso a informação preferencial em operações de bolsa, fazem sempre os melhores negócios imobiliários, estão sempre na linha frente quando o assunto é poder ou dinheiro, os seus filhos têm direito a frequentar as melhores escolas e se as notas não são boas, algo terá de ser feito.

Dado o comportamento dos seus membros, uma organização tentacular deste tipo pode colocar em causa um Estado de Direito, porque não ilegalizar uma colectividade que tanto prejudica um país?