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Está Tudo Tratado e Nada Resolvido

Tratamento de temas interessantes de uma forma desinteressante. Abordagem inconsequente acerca da consequência das coisas. Tudo será devidamente tratado, mas sem qualquer resolução. Os leigos também têm opiniao...

Está Tudo Tratado e Nada Resolvido

Tratamento de temas interessantes de uma forma desinteressante. Abordagem inconsequente acerca da consequência das coisas. Tudo será devidamente tratado, mas sem qualquer resolução. Os leigos também têm opiniao...

Psicopatas x Sociopatas

Vivem entre nós e estão muito próximos e quase nunca os identificamos. Raramente se tornam assassinos, mas são eles que muitas vezes nos prejudicam. É só estarmos atentos.

Existem infinitas dúvidas referentes às diferenças entre o termo "psicopatia" e "sociopatia". O facto é que, actualmente, ambos os termos se referem ao indivíduo com transtorno de personalidade antissocial.


Para alguns especialistas, como Robert Hare, a diferença entre a psicopatia e a sociopatia consiste basicamente na origem do transtorno.

Muitos sociólogos, especialistas de crimes e psicólogos acreditam que o distúrbio antisocial, quando originado a partir do próprio meio social, por exemplo, aquele indivíduo que "aprendeu" a assumir atitudes antissociais no próprio meio em que vivia para ganhar vantagem perante os demais, designa-se por Sociopata.

Já o Psicopata consiste na combinação de factores biológicos, genéticos e culturais. O indivíduo "nasce" psicopata, independentemente do ambiente socioeconomico em que viveu.

Psicopatas ou Sociopatas são sinónimos. São indivíduos antisociais que não seguem as leis e nem as regras ditadas pela sociedade e, através de seus actos, provocam danos à mesma:

Para cada 25 pessoas, 1 ao menos exibe traços psicopáticos;
Para cada 3 homens psicopatas, 1 mulher é psicopata;
Podem ter uma autoestima ou visão de si próprios elevada;
Frequentemente são autossuficientes e vaidosos;
Muitas vezes exibem um encanto superficial, são sedutores e conquistam facilmente as outras pessoas;
Frequentemente são bastante volúveis e inconstantes;
Não possuem empatia, tendem a ser insensíveis, cínicos e a desprezar os sentimentos e direitos alheios;
Têm dificuldade em manter relacionamentos, embora consigam estabelece-los facilmente;
Mentem frequentemente de forma tão realista que raramente outras pessoas descobrem ou desconfiam;
É comum a necessidade de terem autoridade;
São pessoas que necessitam estar sempre no comando ou poder, detestam serem comandados ou submissos;
Frequentemente possuem tendências sádicas;
Frequentemente são muito manipuladores, manipulam pessoas, ambientes e circunstâncias a seu favor;
Não têm sentimentos de culpa ou arrependimento;
Geralmente são frios, raramente demonstram algum tipo de afectividade e quando demonstram é meramente superficial;
Podem ser inconstantes, detestando a rotina e monotonia;
Enjoam fácilmente de tudo;
Não têm qualquer empatia: não entendem o que é estar no lugar do outro;
São excessivamente racionais e calculistas. Têm dificuldade em pensar emocionalmente;
Geralmente cépticos ou desconfiados em demasia, e por isso mais persuasivos;
Frequentemente irresponsáveis, tendem a culpar sempre nos outros, não se responsabilizam pelas próprias condutas, arranjam sempre algo ou alguém como culpado;
Têm uma necessidade permanente de estimulação, assim como sensibilidade ao tédio e um vazio existencial;
Falta de metas a longo prazo ou mudanças constantes de metas;
São impulsivos em relação à agressividade, violência e impulsos sádicos;
Tendem a ser infieis e seus relacionamentos íntimos geralmente não são duradouros;
Podem possuir vida dupla: socialmente sendo pessoas exemplares, mas com pessoas da intimidade se mostrarem totalmente diferentes;
Costumam ser irritadiços e podem atacar impulsivamente num momento de raiva;
Quase sempre dão mais valor ao material do que o sentimental, inclusive podem ser oportunistas e obcecados pelo dinheiro;
Bastante críticos em relação a moralidade e ética. Para eles, "regras foram feitas para serem quebradas" e "os fins justificam os meios";
Possuem mudanças súbitas de temperamento;
Frequentemente dão-se bem em entrevistas de emprego, manipulam as pessoas e conquistam a confiança de todos facilmente no ambiente de trabalho;
Geralmente acham que estão certos e que seu estilo de vida é o mais adequado.
Não reagem com aversão a comportamentos condenados socialmente;
Quando colocados sobre pressão, como por exemplo, a morte de algum parente, reagem com frieza, como se não se importassem nem um pouco com a notícia;
Frieza emocional, sadismo, revelam grande capacidade de fingir, vontade de fazer mal às pessoas e ausência de remorsos;
Expressam pouco ou nenhum amor, afectividade ou carinho, nem mesmo por filhos, pais, parentes, cônjuge ou amantes.
Geralmente são pessoas com sorrisos fáceis, amáveis quando lhe convêm e absolutamente frias quando julgam necessário;
A frieza ao agir faz com que provavelmente não se arrependam dos erros que cometem, assim os indivíduos podem desenvolver gosto pela sensação de perigo.
Podem utilizar-se da sedução para conseguir o que querem dos outros;
As suas capacidades de se insinuarem costumam ser bastante convincentes. É comum que os outros não desconfiem estar na presença de um psicopata ou sociopata;
Acredita-se que o distúrbio que lhes estimula o comportamento sádico resulte de um desvio neurológico, capaz de os conduzir ao homicídio, nos casos mais graves.

Os psicopatas ou sociopatas e o poder

Pelo facto de gostarem da sensação de poder, serem muito persuasivos e não medirem esforços para atingir seus objectivos, ascendem muito rápido em suas profissões; por isso é comum que esses indivíduos ocupem importantes cargos nas organizações. Geralmente, gostam de estar em destaque e ajudar determinadas pessoas ou grupos econômicos, apenas por benefício próprio. Por outro lado, denigrem e aniquilam aqueles que tentam desmascará-los. Por não sentirem remorso, nem compaixão, os indivíduos com personalidade antissocial não se importam se seus actos irão prejudicar um individuo, determinado grupo de pessoas, ou até mesmo uma nação.

Código Penal

Do ponto de vista penal existe o dilema amplamente discutido sobre se uma personalidade doente é imputável, especialmente se é de origem psicótica. Mesmo que se trate de uma personalidade doente (exemplos: pessoas sádicas, violadoras, etc.) há tendência para atribuição uma punição, dado que, mesmo doente, a pessoa mantém consciência dos seus actos.

O direito penal usa como formas de classificar a capacidade mental do agente: entendimento por parte do agente se o acto que cometeu é ilegal e se mesmo sabendo que é ilegal, consegue autodeterminar-se ou seja, consegue evitar o acto.

Os psicopatas ou sociopatas conseguem entender que os seus actos são ilegais, no entanto não conseguem autodeterminar-se. É este facto que muitas vezes leva a Justiça a considerá-los ineputaveis mesmo perante crimes hediondos.

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